sábado, 1 de agosto de 2015

#Fotógrafo Convidado do Mês de Agosto : Rui Caria #















Há tanto no comum. Há tanto durante a viagem; quase sempre mais do que à chegada. É isso que me atrai; o comum durante a caminhada. Se cada fotografia encerra uma história, pode-se documentar o mundo, bastando apenas olhar para o quotidiano. Os salpicos de momentos irrepetíveis que nos atingem em catadupa, são um desafio à atenção. Quem busca a fotografia neste intervalo entre a partida e a chegada, cansa-se mais. Cansa-se de um cansaço bom, uma fadiga emocional que dá força em vez de esgotar; é difícil explicar este estado de ver permanente, com, ou sem câmara; Ver; poderá ser mais aquilo que somos do que aquilo que fazemos; talvez por isso haja esta diferença tão grande que conhecemos na fotografia, já que cada pessoa vê através daquilo que é. A câmara aprende-se, a técnica treina-se, os conceitos estudam-se, mas o acto de ver, faz com que sejamos filtros de nós mesmos e são esses filtros os responsáveis por esta imensidão, que faz com que a fotografia seja, primeiro, apaixonante e só depois, outra coisa qualquer. RC